A tecnologia vem evoluindo a passos largos em toda a sociedade, e para a saúde não é diferente. Com diversas ferramentas e soluções tecnológicas, uma antiga preocupação voltou a ganhar foco: a de humanizar os processos assistenciais e tornar o paciente o centro das decisões.
O conceito cresce no país, mas ainda é necessário auxiliar pequenas e médias instituições a criarem maturidade para utilizar esse nível de tecnologia.
Assim surgiu o que se chama de Saúde 5.0, que consiste em aproximar o paciente e a instituição de saúde, seja com os médicos ou outro profissional responsável por sua ida ao ambiente.
Anterior a essa fase, tem a Saúde 4.0, que principalmente por causa da pandemia, revolucionou o setor com telemedicina, IOT e inteligência artificial em diagnósticos, tudo para deixar o atendimento mais ágil e assertivo.
Agora com a Saúde 5.0, o foco é total no bem-estar do paciente, implementando soluções que promovam ele a protagonista nesse momento.
Entretanto, apesar do conceito ser amplamente discutido e ser considerado como uma das maiores tendências para a Saúde, o mercado brasileiro está um passo atrás. Enquanto há grandes operadoras de saúde investindo milhões em inteligência artificial preditiva e aplicativos mobile para os pacientes, a grande maioria dos hospitais ainda patinam com a implantação do prontuário eletrônico e a sua gestão financeira.
Essa discrepância mostra que estas instituições, por mais maduras que sejam, ainda não estão prontas para investir nas tecnologias de ponta.
Um dos principais empecilhos para isso, é que estes ambientes de saúde ainda não possuem soluções mais básicas para problemas mais urgentes.
Dessa forma, é preciso ter alguns cuidados ao desejar implementar esse conceito. Existem diversas formas de iniciar um projeto de saúde em 5.0, e que cada um deles tem o seu valor, porém dependendo da maturidade em que está, pode trazer mais prejuízos do que retorno. Não existe só uma forma de fazer, como um padrão a ser realizado. Existem diversas soluções, e tem algumas que são mais caras que as outras. O ponto é: onde sua instituição está no momento? Caso ainda esteja no início, foque em buscar informações e analisar os gargalos da instituição, assim evitando que invista grande parte do seu faturamento e não tenha um retorno financeiro dentro do tempo que almeja.
Para fazer esse cenário evoluir ainda mais no país, é necessário que o mercado dê uma atenção maior para os hospitais de pequeno e médio porte, para que estes possam criar a maturidade necessária para futuramente investir em novas tecnologias e adotar o conceito de ser 5.0.
Não adianta criar um projeto 5.0 se o ambiente não tem nem seus dados disponíveis. Há soluções incríveis, mas que esbarram no desafio da falta de dados e processos caóticos. Por este motivo, é necessário que o setor abrace essas instituições menores, para que possam atingir uma maturidade de acordo com os seus recursos disponíveis.
Para que a saúde se torne mais moderna e acessível, é preciso que a realidade atual seja trabalhada, focando nas dores urgentes da maior parte das instituições, para que dessa forma, com recursos e maturidade, possa-se investir em transparência, conectividade e controle para o paciente.
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