Em um cenário onde a qualidade do atendimento e a sustentabilidade financeira precisam estar em um equilíbrio constante, é vital entender como as melhores instituições mantêm um controle rigoroso sobre seus custos.
Os preços da saúde têm crescido de forma mais acelerada do que a inflação, e ameaçam a sustentabilidade do sistema como um todo. A complexidade dos cuidados de saúde, as inúmeras regulamentações e burocracias, o envelhecimento da população e sua consequente demanda por serviços de saúde complexos e que necessitam de acompanhamento, são alguns dos fatores que contribuem para esse aumento.
O termo custo faz parte de uma análise de resultados, e, para saber se estes são positivos ou negativos, é necessário analisar o quanto a instituição tem de custos em geral versus quanto tem de receitas. Parece simples? Mas, na prática exigem dos gestores, estratégias inteligentes para aplicá-las. Gerir os custos na saúde envolve controle financeiro, planejamento, otimização de gastos, redução de desperdícios e monitoramento para evolução constante.
Pensando nesta complexa paisagem do setor de saúde, onde a qualidade do atendimento e a disponibilidade de recursos muitas vezes entram em conflito, que destacamos algumas das melhores práticas para melhorar a gestão de custos em saúde:
ANÁLISE DE DADOS:
Mais que uma tendência de mercado, esta é uma das ações primordiais para a gestão em saúde como um todo. Aliada a uma boa ferramenta de gestão hospitalar, tenha uma solução específica que integre todos os sistemas que a instituição utiliza. Isso facilita a coleta e análise dos dados de todas as áreas e processos, permitindo ainda realizar o monitoramento em tempo real. Esta tecnologia oferece também aos gestores, a possibilidade de identificar padrões, antecipar tendências e tomar decisões embasadas em informações precisas, proporcionando uma vantagem competitiva crucial ao considerar os grandes avanços tecnológicos e a contínua transformação deste setor.
GESTÃO DO CENTRO CIRÚRGICO:
Realizar o gerenciamento do centro cirúrgico por meio da análise de dados, pode desempenhar um papel significativo na redução de custos e aumento de receitas em faturamento.
Implementando indicadores como: tempo médio de cirurgia, taxa de ocupação das salas, cirurgias realizadas por porte, convênio, semana e dia, por exemplo, já é possível definir estratégias para o melhor reaproveitamento das salas que poderiam estar ociosas e maximizar a produtividade e faturamento, através da maior utilização dos recursos do centro cirúrgico.
Da mesma forma, utilizar dashboards que apresentem informações de: Mapa de Calor de Cirurgias e Horários, Cirurgias Realizadas x Canceladas; Motivos de Cancelamentos; Cirurgias Canceladas por Médico, Convênio, Tipo de Cirurgia, certamente podem auxiliar na implementação de medidas para reduzir o número de cancelamentos minimizando perdas financeiras associadas a cirurgias não realizadas.
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA:
Você sabia que é possível obter um sistema que, além de oferecer a análise de dados self-service (na qual o gestor cria as próprias visões estratégicas) também permite a utilização de inteligência proativa? Neste caso, os gestores nem precisam acessar o sistema pois as informações, indicadores e dashboards são enviados automaticamente por e-mail, Whatsapp/Telegram ou sms de forma programada para análise e controle.
Ao utilizar BOTs automatizadores – robôs virtuais – que monitoram e distribuem o dado a quem seja pertinente, ganha-se: tempo, menor lacuna entre momento do dado e tomada de decisão e ações, e o incalculável benefício de redução de erros em processos manuais aplicável a todos os setores.
GESTÃO DE ESTOQUE E SUPRIMENTOS:
Obter o controle e gerir a enorme quantidade destes recursos em uma instituição de saúde, além de evitar grandes desperdícios gera maior qualidade e segurança no atendimento ao paciente.
Ao utilizar indicadores que apresentem: Sugestões de Reposição Estoque; % Devolução de Produtos, Produtos sem Movimentação, Gastos em Detalhes, Solicitações e Prescrições certamente poderão auxiliar nos processos internos evitando desperdícios e garantindo que os itens certos estejam disponíveis e rastreáveis rapidamente, e em tempo real, quando necessário.
Além disso, é interessante que os gestores recebam por e-mail, de forma automatizada, visões com os Valores em Estoque, por Centro Estocador por Espécie, Itens a Vencer (x dias), Solicitação de Compras Pendentes e Balanço Contábil, por exemplo. Desta forma, será possível analisar e definir ações efetivas para evitar compras desnecessárias e negociação de melhores preços com fornecedores contribuindo assim na redução dos custos de aquisição.
Sabemos que estas são somente algumas das inúmeras possibilidades para as ações na gestão de custos em saúde, mas que podem representar um passo significativo em direção a uma administração mais eficaz e sustentável financeiramente. Com a tecnologia como aliada, as instituições de saúde podem trilhar um caminho mais seguro em direção a um equilíbrio em todos os seus setores, assegurando um sistema de saúde mais eficiente e acessível para todos.
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